33. o que restou?
dúbia.
confusa.
furacão.
tempestade.
cachoeira nos olhos
âncora no coração
o que restou de mim?
o que restou de nós?
desatamos?
dói.
ainda te amo.
desgraça.
é amor o suficiente?
você parece uma prece que se repete na minha mente, sagrada.
uma mistura de beijos e bochechas tocando meu rosto sendo admirados de perto pelos meus olhos marejados em lembranças
que nem o rio são francisco, como você disse.
estou guardando cada um dos mínimos momentos na minha mala de mão
não sei agir certo nessa situação
desculpa se tropeço em você ao invés de te dar as mãos
estou atropelada em mim
tá tocando aquela música de belle e sebastian que você gosta: there's too much love
hoje eu acredito em sinais.
pra chorar menos sentindo seu cheiro que ainda tá no meu cobertor
tem uma cachoeira nos meus olhos e um tsunami no meu coração
minha prece de hoje é agradecer
independentemente do que esteja por vir
agradecer por afeto em abundância
pelo conforto de ter descoberto lar no teu peito
por ter tido o privilégio de adentrar seus segredos, choros, sorrisos, dar e receber colos e beijos, pelo chameguinho, o dengo e amor.
pelas discussões acadêmicas afroafetuosas na madrugada
e até pelos impasses e compreender a complexidade e elasticidade do amor
com esse fim eu aprendo que não adianta não querer que o que se foi fique
que eu vou guardar pra sempre o amor que eu dei e me permiti receber
que você me ensinou que eu mereço muito
o mundo.
que eu posso e devo dizer o que quero e preciso
que eu posso ficar vulnerável
que existe companheirismo e respeito
que também é possível se perder no cuidado em demasia
vou guardar pra sempre os beijinhos no rosto
choro uma tempestade por tudo que foi
lembro de você imensamente em tudo
na padaria
no restaurante chinês
na sala de casa
na cozinha comigo
na cama
eu vou principalmente sentir saudade de sentir aquela saudade curta que a gente cura com pouco tempo.
sou muito feliz de ter vivido tudo isso com uma pessoa como você.
muito.
por isso dói tanto.
dói muito em dimensões que eu nem sei
você entrou fundo em partes do meu coração que eu nem percebi
você só fez morada
e agora preciso me restabelecer
talvez você nunca mais me aceite
talvez nós duas saiamos diferentes demais de tudo isso
talvez eu.
amanhã talvez eu não te queira perto
hoje eu só queria desfazer tudo
te encontrar num abraço
suspirar de alívio e ficar bem.
ir te encontrar no último segundo da rodoviária antes de você voltar pra minas
mas antes eu preciso descobrir como lidar com tudo isso esperando que as minhas orações pros orixás nos garantam continuidade no dengo e amor mesmo depois disso tudo.
independente do nós eu ainda quero que você encontre amor. que seja feliz. que fique bem.
te amo.
o que restou de mim?
o que restou de nós?
desatamos?
dói.
ainda te amo.
desgraça.
é amor o suficiente?
você parece uma prece que se repete na minha mente, sagrada.
uma mistura de beijos e bochechas tocando meu rosto sendo admirados de perto pelos meus olhos marejados em lembranças
que nem o rio são francisco, como você disse.
estou guardando cada um dos mínimos momentos na minha mala de mão
não sei agir certo nessa situação
desculpa se tropeço em você ao invés de te dar as mãos
estou atropelada em mim
tá tocando aquela música de belle e sebastian que você gosta: there's too much love
hoje eu acredito em sinais.
pra chorar menos sentindo seu cheiro que ainda tá no meu cobertor
tem uma cachoeira nos meus olhos e um tsunami no meu coração
minha prece de hoje é agradecer
independentemente do que esteja por vir
agradecer por afeto em abundância
pelo conforto de ter descoberto lar no teu peito
por ter tido o privilégio de adentrar seus segredos, choros, sorrisos, dar e receber colos e beijos, pelo chameguinho, o dengo e amor.
pelas discussões acadêmicas afroafetuosas na madrugada
e até pelos impasses e compreender a complexidade e elasticidade do amor
com esse fim eu aprendo que não adianta não querer que o que se foi fique
que eu vou guardar pra sempre o amor que eu dei e me permiti receber
que você me ensinou que eu mereço muito
o mundo.
que eu posso e devo dizer o que quero e preciso
que eu posso ficar vulnerável
que existe companheirismo e respeito
que também é possível se perder no cuidado em demasia
vou guardar pra sempre os beijinhos no rosto
choro uma tempestade por tudo que foi
lembro de você imensamente em tudo
na padaria
no restaurante chinês
na sala de casa
na cozinha comigo
na cama
eu vou principalmente sentir saudade de sentir aquela saudade curta que a gente cura com pouco tempo.
sou muito feliz de ter vivido tudo isso com uma pessoa como você.
muito.
por isso dói tanto.
dói muito em dimensões que eu nem sei
você entrou fundo em partes do meu coração que eu nem percebi
você só fez morada
e agora preciso me restabelecer
talvez você nunca mais me aceite
talvez nós duas saiamos diferentes demais de tudo isso
talvez eu.
amanhã talvez eu não te queira perto
hoje eu só queria desfazer tudo
te encontrar num abraço
suspirar de alívio e ficar bem.
ir te encontrar no último segundo da rodoviária antes de você voltar pra minas
mas antes eu preciso descobrir como lidar com tudo isso esperando que as minhas orações pros orixás nos garantam continuidade no dengo e amor mesmo depois disso tudo.
independente do nós eu ainda quero que você encontre amor. que seja feliz. que fique bem.
te amo.
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