52. mande cartões postais
a gente se partiu ao meio
mas ainda assim, voltamos.
aprofundamos a ferida a cada vez que tentávamos remendar nosso vínculo pra prosseguir andando juntas.
eu não soube fazer melhor
não soube respeitar meus limites e meu sou processos de cura e cicatrização.
aprender a deixar a mesa de verdade.
permitir a consciência da profundidade das partes que, quebradas, já foram. deixar sarar sozinhas ao invés de continuar tentando mais e mais forte.
não acredito que isso tenha sido culpa de nenhuma de nós, apesar de certamente nossa responsabilidade com nossas próprias verdades.
não dá pra escolher alguém pra caminhar ao nosso lado pela vida se cada uma quer ir por uma direção diferente ou de outro jeito (mesmo se quiser ir pro mesmo lugar)
infelizmente não importa o tanto que se tem de amor
se mesmo muito e intenso, continuamos tentando mesmo apesar das constantes evidências de que há uma bifurcação em nossos caminhos.
não é nossa culpa se os remendos não se seguraram
mas ao mesmo tempo, parece.
fomos tão fundo uma na outra
tentando agradar e encaixar
ser aquele amor
aquele, sabe.
do jeito que a outra precisava que fosse.
que a gente simplesmente esqueceu o que cada uma queria pra si sem ser andando juntas
o amor foi destrutivo e letal
nos vendo andando tronchas pela estrada da vida, com as pernas não siamesas remendadas juntas pra tentar andar
mas sem compasso nem direção
que nem aquele cachorro estrupiado que passou pela gente enquanto tentávamos mais uma vez encontrar remédio remendo ou cura pro nós
nós estava apertado
junto devia ser livre
se tivéssemos sido livres talvez tivéssemos aceitado antes que simplesmente queríamos cada uma ir de um jeito
sem tentar forçar uma a outra a caber.
o amor nos cegou pras nossas próprias verdades.
só cada uma de nós pode saber quais caminhos são nossos
nossas jornadas e pra onde e como queremos prosseguir
é preciso honrar isso
acho que amor é incentivar a outra a ser o máximo que pode ser e da forma mais verdadeira consigo possível, mesmo que signifique ser separadas.
não podemos seguir alguém em desejos de ser que não se encaixam com os nossos e esquecer onde/como a gente quer estar na vida.
acho que isso não é ser um casal.
pra andar juntas pra encontrar nossos próprios jeitos ou metas no meio do caminho
nós temos que pelo menos estar na mesma estrada, ser paralelos e não encruzilhada
não é à toa que nosso álbum juntas é esú
às vezes precisamos só aceitar os caminhos diferentes, honrar a caminhada e seguir respeitando nossa jornada.
sou tão grata por ter tido o privilégio de caminhar contigo até aqui.
aproveitamos uma vista bonita, eu acho.
é sempre bonito te ver.
vou sentir falta do espaço em que nossas mãos se encontram.
espero que você honre sua jornada
eu não poderia desejar menos pra alguém que amo tão imensamente.
que o percurso lhe seja bom
gostaria que ele também fosse o meu
mas que senão comigo, sozinha ou com outro alguém
que seja seu.
me mande cartões postais da sua vista do lado de lá.
te amo.
mas ainda assim, voltamos.
aprofundamos a ferida a cada vez que tentávamos remendar nosso vínculo pra prosseguir andando juntas.
eu não soube fazer melhor
não soube respeitar meus limites e meu sou processos de cura e cicatrização.
aprender a deixar a mesa de verdade.
permitir a consciência da profundidade das partes que, quebradas, já foram. deixar sarar sozinhas ao invés de continuar tentando mais e mais forte.
não acredito que isso tenha sido culpa de nenhuma de nós, apesar de certamente nossa responsabilidade com nossas próprias verdades.
não dá pra escolher alguém pra caminhar ao nosso lado pela vida se cada uma quer ir por uma direção diferente ou de outro jeito (mesmo se quiser ir pro mesmo lugar)
infelizmente não importa o tanto que se tem de amor
se mesmo muito e intenso, continuamos tentando mesmo apesar das constantes evidências de que há uma bifurcação em nossos caminhos.
não é nossa culpa se os remendos não se seguraram
mas ao mesmo tempo, parece.
fomos tão fundo uma na outra
tentando agradar e encaixar
ser aquele amor
aquele, sabe.
do jeito que a outra precisava que fosse.
que a gente simplesmente esqueceu o que cada uma queria pra si sem ser andando juntas
o amor foi destrutivo e letal
nos vendo andando tronchas pela estrada da vida, com as pernas não siamesas remendadas juntas pra tentar andar
mas sem compasso nem direção
que nem aquele cachorro estrupiado que passou pela gente enquanto tentávamos mais uma vez encontrar remédio remendo ou cura pro nós
nós estava apertado
junto devia ser livre
se tivéssemos sido livres talvez tivéssemos aceitado antes que simplesmente queríamos cada uma ir de um jeito
sem tentar forçar uma a outra a caber.
o amor nos cegou pras nossas próprias verdades.
só cada uma de nós pode saber quais caminhos são nossos
nossas jornadas e pra onde e como queremos prosseguir
é preciso honrar isso
acho que amor é incentivar a outra a ser o máximo que pode ser e da forma mais verdadeira consigo possível, mesmo que signifique ser separadas.
não podemos seguir alguém em desejos de ser que não se encaixam com os nossos e esquecer onde/como a gente quer estar na vida.
acho que isso não é ser um casal.
pra andar juntas pra encontrar nossos próprios jeitos ou metas no meio do caminho
nós temos que pelo menos estar na mesma estrada, ser paralelos e não encruzilhada
não é à toa que nosso álbum juntas é esú
às vezes precisamos só aceitar os caminhos diferentes, honrar a caminhada e seguir respeitando nossa jornada.
sou tão grata por ter tido o privilégio de caminhar contigo até aqui.
aproveitamos uma vista bonita, eu acho.
é sempre bonito te ver.
vou sentir falta do espaço em que nossas mãos se encontram.
espero que você honre sua jornada
eu não poderia desejar menos pra alguém que amo tão imensamente.
que o percurso lhe seja bom
gostaria que ele também fosse o meu
mas que senão comigo, sozinha ou com outro alguém
que seja seu.
me mande cartões postais da sua vista do lado de lá.
te amo.
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