renascer a partir de vida e não morte

erguendo de ruínas um paraíso como não se viu ainda. me permitindo as dores e as delícias. lili cantando desde que eu decidi ser livre, mesmo que a liberdade e o silêncio tenham preços altíssimos - mas eu decidi que eu posso existir dentro do caos da minha subjetividade, e que não é porque o mundo me vê como embate conflito contradição que eu tenho que adentrar esse espaço e me colocar no lugar da guerra que esperam de mim. eu nunca tive que ser tão forte nem tão só quanto quando eu decidi que não seria mais roubada e nem jogaria com o que negocia minha humanidade. descobri a força dum vulcão no meio da tempestade. só tenho conseguido me organizar emocionalmente depois de um grande período de caos, mas depois de trinta anos de vida eu consigo olhar pra quem eu me tornei com a admiração que só vem depois de descobrir que pra florescer atravessando uma camada de cimento é preciso muito. muita coragem, muita petulância, ousadia e molejo. não desperdiço mais a minha preciosidade aonde não me cabe, mesmo que pra isso me sobre muitas vezes apenas o espaço limítrofe da solidão. tenho pego o vazio e dançado, nele também cabem muitos sonhos. é maria, cada vez que me matam ganho uma nova vida. e assim eu continuo, dançando na beira de ser apesar de. só que dessa vez eu tenho aprendido a renascer a partir de uma morte que não é matada, mas revivida.

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